BioAS é a mais nova aliada na avaliação da qualidade do solo

Campos altamente produtivos têm evidenciado a importância da qualidade do solo para um sistema de produção eficiente e sustentável. Compreender e avaliar essa qualidade pode auxiliar consultores e produtores na tomada de decisão dos manejos e seus possíveis impactos no sistema produtivo.

Sabemos que a relação entre manejo e qualidade do solo pode ser avaliada pelo comportamento de indicadores físicos, químicos e biológicos. A avaliação quantitativa da qualidade do solo é fundamental na determinação da sustentabilidade dos sistemas de manejo utilizados. Com base nisso, a Embrapa Cerrado desenvolveu a ferramenta  BioAS (BioAnálise do Solo), lançada oficialmente no dia 23/07/2020 pela pesquisadora da entidade, Ieda Mendes, em um evento online promovido pela Embrapa.

Segundo a pesquisadora, a BioAS é uma tecnologia que agrega o componente biológico àsanálises de rotina de solos. Consiste na análise das enzimas arilsulfatase e beta-glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e do carbono, respectivamente. Por estarem relacionadas, direta ou indiretamente, ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo, essas enzimas funcionam como bioindicadores e ajudam a avaliar a qualidade do solo.

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Sustentabilidade agrícola para qualidade do solo

A tecnologia BioAS também envolve o cálculo de Índices de Qualidade de Solo (IQS), calculados com base nas propriedades químicas e biológicas em conjunto. A partir deste índice é possível avaliar a capacidade que o solo tem de suprir, armazenar e reciclar água, nutrientes e energia. Trata-se de uma inovação que está alinhada ao objetivo de viabilizar tecnologias que promovam a sustentabilidade das atividades agrícolas com o equilíbrio ambiental.

A pesquisadora destaca que a grande vantagem da BioAS é que as enzimas são mais sensíveis que indicadores químicos e físicos, detectando com maior antecedência alterações que ocorrem na saúde do solo, em função do seu uso e manejo.

As duas enzimas selecionadas são altamente correlacionadas com o rendimento de grãos e com a matéria orgânica do solo. A lista de vantagens também inclui:

  • Precisão e coerência
  • Baixa variabilidade temporal
  • Sensibilidade
  • Simples determinação analítica
  • Ligados à ciclagem da matéria orgânica do solo
  • Não são influenciadas pela aplicação de adubos
  • Envolvem o uso de reagentes de baixo custo relativo e fora da lista de controle do Exército
  • Se adequam aos aspectos relacionados à amostragem de solo após a colheita das culturas e aos procedimentos adotados no pré-tratamento das amostras de solo para as análises de fertilidade química.

A recomendação da arilsulfatase e da beta-glicosidase coloca o Brasil na vanguarda mundial desse assunto, pois fornece métricas para atestar o crescimento agrícola com sustentabilidade.

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Desafio em relação à qualidade do solo

O grande desafio em relação à qualidade do solo não está mais na identificação de um indicador ou na sua avaliação e interpretação, e sim no planejamento do sistema produtivo que preconiza o cultivo diversificado de plantas e um manejo integrado, pois só assim o sistema solo terá qualidade ao longo do tempo para promover ambiente altamente produtivo com sustentabilidade.

Manejo do solo é uma das expertises da APagri, que utiliza de inovação para o desenvolvimento de sua atuação em campo. Neste sentido a APagri vai adicionar esta avaliação em seu programa de serviços seguindo com o propósito de trabalhar por uma Agricultura Eficiente e Sustentável.

 

Camila Guedes Juliano é engenheira agrônoma.

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Professor Sênior em Adubos, Adubação e Fertilidade do Solo; aulas na disciplina Adubos e Adubação em graduação e pós-graduação na ESALQ/USP; Especialização e MBA. Sócio-proprietário da Vittagro Engenharia, especializada em consultoria, treinamento e projetos técnico-científicos nas áreas de fertilidade e manejo de solos, práticas corretivas (calagem, gessagem e fosfatagem), práticas conservacionistas (plantas de cobertura, rotação de culturas), fertilizantes minerais, orgânicos, compostagem, adubação e nutrição de plantas. Projetos de pesquisa e assessoria na área de plantio direto na cultura de grãos, cana-de-açúcar, pastagem, café, citros e algodão. Publicou 15 livros em nutrição vegetal, fertilizantes e fertilidade do solo; 27 capítulos de livros; boletins técnicos e participação em mais de 200 eventos de capacitação; palestras no Brasil e exterior (África do Sul, Marrocos, Estados Unidos, Noruega, Bolívia, Uruguai, Argentina, Equador, França, Peru, Chile, Espanha, México, Belize, República Dominicana, China, Turquia, Austrália, Costa Rica, Guatemala, Angola, Canadá, entre outros países). Coordenador nacional e internacional há 30 anos do Programa de Análises de Tecido Vegetal e fundador do Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE). Medalha Fernando Costa na modalidade Ensino (2018).

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Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão
Engenheiro agrônomo pela Esalq/USP (1993), com MBA em Gestão Empresarial FIA/USP/(2001) e especialização em Manejo do Solo ESALQ /USP(2004), é considerado referência profissional em adubação e correção no Cerrado para as culturas de soja, milho, feijão e algodão. Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão, voltado a orientar o produtor para otimização do potencial produtivo com essência em maximização de margem de lucro e minimização de riscos. Atende com serviços, assessoria e suporte a produtores em todo o Brasil e histórico de atuação em países como Austrália, Paraguai e Colômbia. CEO e sócio-fundador da APagri Soluções Agronômicas.