Potencial de produtividade das fronteiras agrícolas

A agricultura de precisão tem sido forte aliada dos produtores na evolução do agro, atuando na melhor gestão de insumos e intensificação do senso de sustentabilidade na produção agrícola. Regiões como o Oeste baiano, MAPITO (Maranhão, Piauí e Tocantins), Mato Grosso, Sul e Nordeste do Pará e, mais recentemente, estados como Acre, Amapá e Roraima, vêm se destacando como a agricultura do novo século e são comumente denominadas fronteiras agrícolas.

Essas regiões vêm se tornando o celeiro do País, referências nacionais na produção de soja, milho, trigo, mamona, milheto, sorgo e produtos de origem animal. É possível apontar algumas como referências mundiais em alguns setores, como a produção de algodão baiano ou mato-grossense, que se destina ao abastecimento de indústrias de tecidos, biodiesel, cosméticos, farmacêutica e nutrição animal.

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Fronteiras agrícolas e as regiões interioranas

Apesar de ser recente, a exploração agrícola nas regiões interioranas do Brasil se destaca pela velocidade de crescimento e modernização, o que reflete positivamente na sociedade e estruturas urbanas desses novos polos de produção de alimentos. A necessidade de racionalizar e adaptar os sistemas produtivos para o Cerrado Nordestino e Amazônia forçam os produtores a buscar tecnologias para suas agroindústrias.

Fato interessante é que, diferente do que costuma ser noticiado, o avanço da agricultura nas fronteiras agrícolas vem se intensificando de forma vertical, ou seja, muita área de pecuária está sendo convertida em agricultura e, paralelamente, ocorre o aumento do potencial produtivo na pecuária, assim como na agricultura. Portanto, tem-se reduzido o padrão de crescimento horizontal, no qual se tem a abertura de novas áreas, podendo ser considerado um crescimento limpo ou até mesmo um processo de baixo impacto ambiental.

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Essas regiões possuem muitos desafios naturais. O Cerrado é conhecido como um bioma com intensa variabilidade de fatores, como os teores de argila e CTC (Capacidade de Troca de Cátions) do solo. Observamos condições de texturas variando o teor de argila entre 8% e 65%, comum dentro do bioma, e até variação de 12% a 45% de argila dentro de uma mesma propriedade rural.  Se aprofundarmos mais um pouco teremos variações da CTC, observando variações de 2% a 19% dentro do bioma ou, em casos mais específicos, de 3,5% a 9% em uma única propriedade rural.

Quando consideramos o fator pluviométrico, de forma geral, encontramos variáveis da média anual de chuvas entre 400 a 1.600mm/ ano e, de forma específica, já verificamos a variação de 600 a 1.200mm/ ano dentro de uma mesma fazenda de médio porte, apenas fazendo as devidas medições/ talhão.

A partir desses detalhes verificamos que as fronteiras agrícolas são muito desafiadoras, e para a APagri, que gosta de desafios, torna-se extremamente interessante trabalhar e encontrar soluções. São áreas que nos permitem superar limites e, junto dos produtores, facilitar a viabilidade produtiva e a eficiência na agricultura dessas fronteiras agrícolas, priorizando a produção com investimento justo e gerando o menor impacto socioambiental.

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APagri e a produtividade nas fronteiras agrícolas

A APagri tem grande atuação em regiões de fronteira agrícola e os produtores sabem que o conhecimento atrelado à tecnologia facilita o processo de gestão das fazendas. É comum vermos nas propriedades rurais destas regiões um maior índice de tecnologias embarcadas e executadas. O básico já se tornou a gestão da fertilidade, onde se faz o entendimento das variabilidades físicas e químicas do solo para possibilitar o uso da taxa variada na aplicação de corretivos e adubos, gerando um uso racional.

Daqui para a frente, observamos novos manejos sendo implantados em taxas variadas, aprovados e padronizados, como:

  • Semeadura
  • Aplicação de reguladores vegetais
  • Dessecantes foliares
  • Herbicidas

Além das mais diversas possibilidades criadas a partir do reconhecimento de variabilidades agronômicas para, por meio de recomendações assertivas, melhorar a uniformidade produtiva.

As ferramentas utilizadas e os desafios superados nos levam a concluir que atuar e produzir nessas fronteiras agrícolas não é tarefa fácil, mas é bastante instigante para quem gosta de observar as transformações diante do potencial de crescimento surpreendente, fazendo com que os olhos do Brasil e do mundo estejam voltados a elas.

Jonas Canesin
É engenheiro agrônomo e consultor da APagri na região do Oeste baiano, MAPITO, Pará e Goiás

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Engenheiro Agrônomo pela Esalq/ USP (2004), especializado em Agricultura de Precisão, área em que atua como consultor agronômico há 17 anos, com foco em produção de grãos e fornecedores de cana-de-açúcar na região de Assis/SP, além de gestor agronômico no Estado do Mato Grosso, com trabalhos desenvolvidos nos Estados de GO, MA, RO, MG, MS, PR e no Paraguai. Possui conhecimento técnico sobre propriedades rurais norte-americanas usuárias de Agricultura de Precisão, usina de cana-de-açúcar na Flórida (US Sugar Corporation) e CASE Máquinas Agrícolas. Conta com participações em feiras agropecuária, como a Farm Progress Show (Estados Unidos), simpósios nacionais de cultura do milho, feijão irrigado, soja, cana-de-açúcar, plantio direto e integração de lavoura pecuária. Palestrante em eventos agronômicos, universitários, de colégios técnicos e treinamentos em empresas agrícolas.

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Doutor em Ciências pela USP (2011), com ênfase na área de concentração de irrigação e drenagem, e engenheiro agrônomo pela Esalq/USP (2004), tendo recebido duas menções honrosas em trabalhos científicos e o prêmio Sotreq, por Melhor Desempenho na área de Engenharia. Ao longo de sua vida acadêmica e profissional, desenvolveu atividades relacionadas à Agricultura de Precisão, Geoestatística, Eletrônica e Automação, também com formação técnica em eletroeletrônica, laureado com o prêmio Engenheiro Roberto Mange de Melhor Desempenho (1997). Atuou na Robert Bosch (1996 – 2000) e é diretor de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da APagri Soluções Agronômicas. Participação em eventos internacionais, nos Estados Unidos e Espanha.

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Professor Sênior em Adubos, Adubação e Fertilidade do Solo; aulas na disciplina Adubos e Adubação em graduação e pós-graduação na ESALQ/USP; Especialização e MBA. Sócio-proprietário da Vittagro Engenharia, especializada em consultoria, treinamento e projetos técnico-científicos nas áreas de fertilidade e manejo de solos, práticas corretivas (calagem, gessagem e fosfatagem), práticas conservacionistas (plantas de cobertura, rotação de culturas), fertilizantes minerais, orgânicos, compostagem, adubação e nutrição de plantas. Projetos de pesquisa e assessoria na área de plantio direto na cultura de grãos, cana-de-açúcar, pastagem, café, citros e algodão. Publicou 15 livros em nutrição vegetal, fertilizantes e fertilidade do solo; 27 capítulos de livros; boletins técnicos e participação em mais de 200 eventos de capacitação; palestras no Brasil e exterior (África do Sul, Marrocos, Estados Unidos, Noruega, Bolívia, Uruguai, Argentina, Equador, França, Peru, Chile, Espanha, México, Belize, República Dominicana, China, Turquia, Austrália, Costa Rica, Guatemala, Angola, Canadá, entre outros países). Coordenador nacional e internacional há 30 anos do Programa de Análises de Tecido Vegetal e fundador do Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE). Medalha Fernando Costa na modalidade Ensino (2018).

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Professor e Coordenador do Laboratório de Agricultura de Precisão/USP e pesquisador CNPq
Engenheiro Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (RS, 1983), com mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas (SP, 1991) e PhD em Engenharia Agrícola pela University of Nebraska (EUA, 1996). É professor da Universidade de São Paulo (USP), no Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ (Piracicaba-SP), desde 1989, onde coordena o Laboratório de Agricultura de Precisão e é pesquisador do CNPq. Atua na interface entre a área de Máquinas Agrícolas e a Agricultura de Precisão, especialmente com sensores de solo e de plantas, variabilidade espacial, mapeamento da produtividade e aplicação localizada de insumos. Coordenou o Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão, de sua criação (2004 a 2018); presidiu a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde sua criação (2012 a 2016) e foi presidente da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsBraAP), da fundação até 2020.

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Área atendida em hectares: 30765,3

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Unidade
Mato Grosso – Agronômico Vale do Araguaia
Área atendida em hectares: 8633,9

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Paraná – Agronômico Assis
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Mato Grosso do Sul – Agronômico Assis
Área atendida em hectares: 2613,0

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Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão
Engenheiro agrônomo pela Esalq/USP (1993), com MBA em Gestão Empresarial FIA/USP/(2001) e especialização em Manejo do Solo ESALQ /USP(2004), é considerado referência profissional em adubação e correção no Cerrado para as culturas de soja, milho, feijão e algodão. Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão, voltado a orientar o produtor para otimização do potencial produtivo com essência em maximização de margem de lucro e minimização de riscos. Atende com serviços, assessoria e suporte a produtores em todo o Brasil e histórico de atuação em países como Austrália, Paraguai e Colômbia. CEO e sócio-fundador da APagri Soluções Agronômicas.