Pandemia trouxe incertezas, mas o Agro nunca parou

Seguimos em um momento em que, nos últimos anos, o termo “O Agro Não Para” tornou-se um dos assuntos mais comentados, quase um clichê, seja em roda de amigos ou nas redes sociais. Na verdade, o agro nunca parou e isso não deve acontecer tão cedo, se é que um dia acontecerá. Fato é que a pandemia trouxe muitas incertezas, mas a agricultura continua à toda!

Tomando por base a região de Assis-SP, no Vale do Paranapanema, onde atuo como consultor agronômico há 16 anos pela APagri, a movimentação no agro não tem folga. Este ano, a colheita do milho safrinha teve início bem mais cedo, com áreas comerciais sendo colhidas desde os primeiros dias de junho, resultado de uma tendência dos últimos três anos de observação de plantio de soja nas primeiras chuvas de setembro, ou até mesmo no “pó”, e do uso de variedades mais precoces.

Esta prática visa a possibilidade de antecipar o plantio do milho safrinha, minimizando os riscos de veranico, pois o milho é semeado ainda com um regime de chuvas bem estabelecido e reduzindo também os riscos de geada, já que fecha seu ciclo antes mesmo de atingirmos a época de maior possibilidade do fenômeno na região.

Ainda existem controvérsias a respeito do assunto, pois em algumas situações, devido ao fato de priorizarem o plantio da safrinha mais cedo, buscando os benefícios citados, acabam por penalizar a principal cultura (soja), plantada fora da janela ideal de 15 de outubro a 15 de novembro. E ainda podem ocorrer perdas de produtividade ao utilizar variedades muito precoces de soja, já que essas não permitem recuperação, caso haja algum estresse climático nas fases iniciais.

Desta forma, é comum observarmos desde áreas de safrinha já colhidas como áreas ainda verdes, com previsão de colheita para fim de agosto e setembro. As áreas não colhidas têm demorado um pouco para baixar a umidade dos grãos e a colheita segue em um ritmo tranquilo. Este ano, as chuvas têm sido extremamente irregulares, permitindo encontrarmos uma intensa variação de produtividade, conforme a época de plantio e tipo de solo.

De maneira geral, aqueles produtores que têm adotado um correto manejo tanto fitossanitário quanto da fertilidade do solo devem ter um ano muito positivo, aliando ótima produtividade com o valor de mercado do grão bastante favorável. Estes produtores passaram a considerar a “safrinha” como “segunda safra”, utilizando híbridos de ponta, realizando as correções e adubações de solo necessárias em taxa variável, fornecendo nitrogênio em cobertura, aplicando fungicidas, entre outras práticas antes consideradas apenas para a cultura da soja ou do milho “verão”.

Com a colheita sendo realizada, a APagri entra em cena para o preparo do ambiente, visando receber a soja 2020/2021. A amostragem de solo é a primeira etapa e segue em ritmo acelerado. Na sequência, já temos áreas com aplicação de calcário para a correção do pH e adequação do cálcio e do magnésio, além do gesso agrícola para a construção do perfil do solo, com fornecimento de cálcio e enxofre em profundidade.

Muitos clientes perceberam a importância do planejamento e anteciparam a coleta de solo entre a colheita da soja e o plantio do milho. Essa prática tem evoluído bastante, pois permite ao produtor obter as recomendações de manejo durante a cultura do milho instalada, comprando calcário e gesso por um valor bem menor, em um momento em que os fretes estão mais atrativos, além de permitir negociar as melhores opções de fertilizantes para plantio e cobertura.

Enfim, o ciclo agrícola não se encerra, pois a partir dessa etapa já programamos o que vem pela frente: diagnóstico da compactação do solo, mapeamento nematológico, balanço nutricional através de análises foliares, acompanhamento climático, uso de imagens de satélite, geração de NDVI etc.

Cada etapa concluída com sucesso proporciona tornar cada vez mais próxima a incansável busca da máxima produtividade. E para isso, contem com a gente. A APagri sempre vai estar por perto. Somos campo fértil para a inovação.

Luís Fernando M. Zanuncio
É engenheiro agrônomo formado pela Esalq/USP e consultor APagri na região de Assis-SP há 16 anos.

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Engenheiro Agrônomo pela Esalq/ USP (2004), especializado em Agricultura de Precisão, área em que atua como consultor agronômico há 17 anos, com foco em produção de grãos e fornecedores de cana-de-açúcar na região de Assis/SP, além de gestor agronômico no Estado do Mato Grosso, com trabalhos desenvolvidos nos Estados de GO, MA, RO, MG, MS, PR e no Paraguai. Possui conhecimento técnico sobre propriedades rurais norte-americanas usuárias de Agricultura de Precisão, usina de cana-de-açúcar na Flórida (US Sugar Corporation) e CASE Máquinas Agrícolas. Conta com participações em feiras agropecuária, como a Farm Progress Show (Estados Unidos), simpósios nacionais de cultura do milho, feijão irrigado, soja, cana-de-açúcar, plantio direto e integração de lavoura pecuária. Palestrante em eventos agronômicos, universitários, de colégios técnicos e treinamentos em empresas agrícolas.

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Professor Sênior em Adubos, Adubação e Fertilidade do Solo; aulas na disciplina Adubos e Adubação em graduação e pós-graduação na ESALQ/USP; Especialização e MBA. Sócio-proprietário da Vittagro Engenharia, especializada em consultoria, treinamento e projetos técnico-científicos nas áreas de fertilidade e manejo de solos, práticas corretivas (calagem, gessagem e fosfatagem), práticas conservacionistas (plantas de cobertura, rotação de culturas), fertilizantes minerais, orgânicos, compostagem, adubação e nutrição de plantas. Projetos de pesquisa e assessoria na área de plantio direto na cultura de grãos, cana-de-açúcar, pastagem, café, citros e algodão. Publicou 15 livros em nutrição vegetal, fertilizantes e fertilidade do solo; 27 capítulos de livros; boletins técnicos e participação em mais de 200 eventos de capacitação; palestras no Brasil e exterior (África do Sul, Marrocos, Estados Unidos, Noruega, Bolívia, Uruguai, Argentina, Equador, França, Peru, Chile, Espanha, México, Belize, República Dominicana, China, Turquia, Austrália, Costa Rica, Guatemala, Angola, Canadá, entre outros países). Coordenador nacional e internacional há 30 anos do Programa de Análises de Tecido Vegetal e fundador do Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE). Medalha Fernando Costa na modalidade Ensino (2018).

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Área atendida em hectares: 30765,3

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Minas Gerais – Agronômico Uberaba
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Área atendida em hectares: 8633,9

Davi Besson

Unidade
Mato Grosso – Agronômico Vale do Araguaia
Área atendida em hectares: 8633,9

Luís Fernando Magron Zanuncio

Unidade
São Paulo – Agronômico Assis
Área atendida em hectares: 2613,0

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Paraná – Agronômico Assis
Área atendida em hectares: 2613,0

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Mato Grosso do Sul – Agronômico Assis
Área atendida em hectares: 2613,0

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Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão
Engenheiro agrônomo pela Esalq/USP (1993), com MBA em Gestão Empresarial FIA/USP/(2001) e especialização em Manejo do Solo ESALQ /USP(2004), é considerado referência profissional em adubação e correção no Cerrado para as culturas de soja, milho, feijão e algodão. Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão, voltado a orientar o produtor para otimização do potencial produtivo com essência em maximização de margem de lucro e minimização de riscos. Atende com serviços, assessoria e suporte a produtores em todo o Brasil e histórico de atuação em países como Austrália, Paraguai e Colômbia. CEO e sócio-fundador da APagri Soluções Agronômicas.