As vantagens do uso de imagens de satélite na cana-de-açúcar

Entre os avanços tecnológicos ocorridos a partir da agricultura de precisão, o uso de imagens de satélite vem se tornando recurso cada vez mais importante para a avaliação das lavouras, por permitir uma análise detalhada sobre a produtividade. Aliadas ao histórico de observações, as imagens podem proporcionar melhor retorno econômico e financeiro ao produtor. Especialmente para a cana-de-açúcar, que é perene e tende a dar respostas semelhantes por longo período de tempo, essa ferramenta é um grande diferencial de observação e investimento.

Inicialmente é preciso distinguir o uso de drones e de satélites na lavoura. Bem simples:

  • Drones voam abaixo das nuvens, identificam intempéries, ajudam na informação daquela determinada data com maior resolução e menor distância.
  • A captura das imagens por satélite é mais precisa, por conta dos sensores embarcados nesses equipamentos. Diferentes de um avião, que faz levantamento aéreo, os satélites ficam por anos em movimento na órbita terrestre registrando imagens e, geralmente de cada 10 a 15 dias, retornam a um mesmo ponto, gerando um histórico de informações sempre renovadas.

Antes da agricultura de precisão e do uso de imagens de satélite, até mesmo o conceito de talhão como divisão da fazenda em pedaços de terra que tendem a ser parecidos, não existia. A avaliação era feita a partir do olhar experiente do próprio produtor e com base no tipo de floresta, de solo, da rocha que originou aquele solo.

As imagens de satélite carregam informações multiespectrais, a partir das quais são processados diversos índices que refletem, com grande quantidade de atributos, as características das culturas.

Por exemplo, o NDVI, que é o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (Normalized Difference Vegetation Index, em inglês) e oferece boa correlação com a biomassa da cultura. Na avaliação por satélite da cultura da cana-de-açúcar, o NDVI reflete a variabilidade da biomassa da cana, gramínea que responde muito bem à adubação nitrogenada e, tendo como base uma adubação organizada, consegue indicar doses mais adequadas de adubo à base de nitrogênio. Sem esse recurso, a aplicação pode ser exagerada ou faltante, incidindo de forma negativa economicamente e também na produtividade.

Como pioneira em agricultura de precisão, com 21 anos de mercado, a APagri utiliza tanto imagens de drones como de satélites para averiguar as lavouras, além de outras tecnologias, como o IDT (Índice de Desenvolvimento Temporal), ferramenta tecnológica com patente APagri, capaz de ampliar a capacidade dos consultores agronômicos na análise e recomendação do manejo mais adequado do solo, proporcionando um ganho mais certeiro ao produtor rural.

Com base nas imagens de satélite, o consultor baseia-se no histórico e não apenas em uma fotografia específica para identificar regiões nas quais o comportamento da cultura é semelhante ano após ano. A caracterização dessas manchas permite que uma gestão mais adequada seja implementada de modo a considerar as particularidades e aumentar a eficiência do sistema produtivo.

Uso de imagens pela APagri

Com base na variabilidade apresentada pela cultura em cada um dos talhões, a APagri toma decisões em termos de produtividade. Assim, distribui o adubo com o objetivo de privilegiar áreas de maior potencial produtivo em detrimento de regiões nas quais o fator limitante não é adubação. Essa ação é capaz de aumentar a eficiência do manejo, com tendência de redução de custos e aumento de produtividade.

Quando as imagens chegam ao departamento de tecnologia da APagri, passam pela plataforma Monitora, onde o talhão cadastrado é avaliado, possibilitando gerar o índice de estabilidade temporal e auxiliar na definição da estratégia de manejo. A equipe de analistas avalia o resultado, organiza as informações, gera os produtos para aplicação com base na recomendação, enquanto os consultores fazem a avaliação agronômica sobre o potencial produtivo. A proposta é potencializar o investimento em insumos e também a questão ambiental, pois o desperdício pode ser prejudicial tanto ao solo como ao lençol freático.

O uso de imagens de satélite na lavoura da cana, bem como em outras lavouras, tem se tornado recurso fundamental para uma avaliação precisa da cultura, uma das grandes vantagens da tecnologia na agricultura. Mas é necessário ressaltar que não bastam as imagens, é preciso conhecimento técnico para respaldar a avaliação e a APagri possui essa expertise.

Mário Sassaki é engenheiro agrícola e ambiental, mestre em agricultura de precisão e analista de pesquisa e desenvolvimento da APagri em Piracicaba/SP.

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Engenheiro agrônomo pela Esalq/USP (1993), com MBA em Gestão Empresarial FIA/USP/(2001) e especialização em Manejo do Solo ESALQ /USP(2004), é considerado referência profissional em adubação e correção no Cerrado para as culturas de soja, milho, feijão e algodão. Consultor técnico com foco em estratégias de Sistemas de Produção, Fertilidade do Solo e Agricultura de Precisão, voltado a orientar o produtor para otimização do potencial produtivo com essência em maximização de margem de lucro e minimização de riscos. Atende com serviços, assessoria e suporte a produtores em todo o Brasil e histórico de atuação em países como Austrália, Paraguai e Colômbia. CEO e sócio-fundador da APagri Soluções Agronômicas.